Cris
As redes sociais vieram alterar o modo como nos relacionamos uns com os outros. Hoje, mais depressa falamos com alguém que está a centenas (se não milhares) de quilómetros, do que com alguém que se encontra sentado no café na mesa ao lado. E tornamo-nos “íntimos”, sem sequer trocarmos um olhar, sentirmos o toque de pele ou o cheiro de alguém. Essas “sensações” são imaginadas no nosso cérebro, induzidas por palavras imagens que nos são trasmitidas por um ecrã. Tornámo-nos escravos das redes sociais e de sensações e emoções virtuais. Temos milhares de “amigos” sem sequer sabermos verdadeiramente quem são. E muitas vezes, não tão raras quanto isso, quando desligamos o ecrã fica apenas uma sensação de vazio e solidão. Bom, eu sei, nem sempre…e nem todos.
Ela tinha chegado no avião que aterrara as 17 horas, já com meia hora de atraso. Vinha passar o fim-de-semana comigo. Trazia apenas uma pequena mala de mão, com o estritamente necessário para aqueles dois, três dias.
Mas talvez seja melhor começar do inicio. Tínhamo-nos conhecido através redes sociais. E tudo porque, umas das fotos que eu tinha postado, era a capa de “História d’O” de Pauline Reage, pseudónimo de Anne Cécile Desclos. De que ambos éramos fãs confessos. E foi por causa desse livro, que se deu o inicio da nossa amizade virtual
E porque éramos fãs do livro e da Historia d’O, não tardou a que as nossas conversas se virassem para o sexo, para os gostos, desejos, fantasias, fetiches de cada um.
Depois de quase dois meses de conversa online, ela veio passar 5 dias de férias com umas amigas e a filha mais nova. E foi aí que nos conhecemos pessoalmente. Numa das noites, fomos jantar apenas para nos conhecermos pessoalmente. Afinal de contas, éramos “íntimos” nas redes sociais. Ela preveniu a filha e amigas que iria jantar com alguém que conhecera, sem querer entrar em muitos pormenores.
Foi um jantar leve, conversa mais ou menos de circunstância, balizada por tudo o que já tinha sido dito no Insta e WhatsApp.
Nas semanas seguintes, após o regresso dela à cidade onde vivia, mantivemos as conversas com bastante regularidade. Até que um dia, sou surpreendido por uma mensagem…“Chego amanhã as 16.30. Vais-me esperar ao aeroporto? Vou sozinha. Posso ficar em tua casa?…ou tenho que reservar hotel?”
Confesso que não estava á espera. Entre o nervoso e excitado, respondi de imediato, que, obviamente, não só a iria receber ao aeroporto como ficaria em minha casa.
Depois de todas as conversas que tínhamos tido, algumas delas incluindo umas fotos e videos mais íntimos, passei o tempo que mediava até a chegada dela, entre o fantasiar e os preparativos para que tudo corresse bem. Verifiquei a despensa, frigorifico, bebidas, bla bla bla…não queria que faltasse nada e que tudo corresse pelo melhor.
Tinha preparado um jantar leve. Tinha declinado a minha sugestão de irmos jantar fora. Enquanto omava um duche, “para tirar o cheiro do avião”, como ela disse, preparei dois gin-tonic. Entrei na casa de banho depois de bater ao de leve na porta que ela tinha deixado entreaberta.
-Não se bate à porta? - Perguntou com um sorriso malicioso e deixando-lhe que lhe admirasse o corpo enquanto se secava. Era um pouco mais alto que eu, pele morena. Cabelos negros em perfeita sintonia com as sobrancelhas e longas pestanas, que emolduravam uns grande olhos pretos. Os dentes, muito brancos. Os lábios carnudos, de um rosado mais escuro. As pernas eram bem feitas, bonitas mesmo. A sensualidade dos quarenta estava bem presente nela.
- Eu bati…ao de leve. Queria ver-te nua - respondi estendendo-lhe o copo - Esta é a tua roupa? A que vais vestir? - perguntei apontando para a cadeira onde ela tinha uma camisa, calças e…
- Sim. Essa mesmo.
- Não vais precisar dela – Estendi-lhe o copo.
- Vou andar nua?! Estás muito atrevido - disse com um sorriso.
- Não, não vais andar nua – bebi um trago do gin e beijei-a ao de leve na boca – tenho algo para ti. Espero que gostes e tenha acertado no número.
- Algo para mim? - Riu-se - Ok…e o que será que tens para mim?
- Vem - pedi saindo da casa de banho
Ela seguiu-me até ao quarto. Tinha a toalha amarrada à altura dos seios. Pousei o copo e encostei-me á grande comida de espelho.. Na cama tinha vários embrulhos de presentes.
- Para ti. Abre. Espero que gostes.
- Hummm…isto tudo é para mim!? Andaste ocupado nas compras? A gastar dinheiro?
- Para teu e meu prazer. Ou pelo menos assim espero.
Olhou-me, os olhos semi-cerrados, um ligeiro sorriso, quase imperceptível. Lentamente, começou a abrir os presentes.
- És completamente maluco, sabes? Gastaste uma pipa de massa - disse enquanto ia dispondo a lingerie em cima da cama. - És doido. Fico sem palavras. É linda. Claro que gosto. Adoroooo…mesmo. -. Deu-me um beijo ao de leve na boca - mas não precisavas de gastar tanto dinheiro.
- Espero é ter acertado no numero.
-Sai, espera-me na sala - pediu
- Abre, vê se também gostas - estendi-lhe um ultimo embrulho
- Lindo – disse quando abriu a caixa e viu um quimono Bordeaux.
- Gostas?
- Não, não gosto. Adoro. É lindo - disse com um sorriso rasgado - Declaro-te oficialmente completamente insano.
- Espero na sala, então - disse saindo e fechando a porta do quarto atrás de mim
Comprar lingerie para oferecer é uma daquelas coisas em que tenho prazer. Não pelo facto da compra em si…bom também, mas mais do que isso, pelo prazer de olhar, ver, escolher, sentir nos dedos o toque das sedas ou rendas. De as imaginar num corpo. E de as podermos ver serem vestidas e depois despidas. É um misto de sensações. E que dá tesão. Muito. Sempre que o faço. No acto da oferta. Quando oferecemos lingerie a alguém que desejamos, não é um simples acto de oferta. É o…”desejo-te” o “morro de tesão por ti”.
Eu estava na varanda, observando o fim de tarde, quando a senti chegar. Virei-me. Estava linda. Tinha apanhado o cabelo na nuca, deixando livre o pescoço. Mm ligeiro sorriso, os olhos semi-cerrados.
- Tens bom gosto, sabes… - disse quase num sussurro. Aproximou-se de mim, enlaçou-me e colou a boca na minha.
Eu ardia de desejo, mas queria que esse desejo se prolongasse até se tornar insuportável.
-Ainda bem que gostaste - Sentia o corpo dela colado ao meu.
- Adorei. Mas repito, és oficialmente maluco. Não tinhas necessidade de gastar tanto dinheiro.
Afastou-se. Abriu o quimono.
- Gostas, meu adorável maluco?
Senti um arrepio de desejo. O corpo moreno, com os seios e o sexo moldados pela lingerie. Aproximei-me e beijei-a na boca.
- Calma - disse, sentindo o tesão que me assaltava - temos tempo. Deixa-me apreciar este fim de tarde. Que vista tão bonita. Já te disse que adoro o mar.
– O jantar está quase pronto - disse eu
- O jantar pode esperar...deixa-me saborear o o gin, o fim de tarde, o mar. A vista de tua casa é soberba - Corria uma ligeira brisa, quente. Era palpável a tensão sexual entre os dois, mas nenhum de nós queria apressar nada. Estávamos a gozar essa tensão. Esse tesão. Esse desejo latente. O antes do beijo. Do toque. Do cheiro. Da posse. Da partilha do prazer.
- É. Adoro a vista…a imensidão de mar aqui em frente...e o silêncio. Notaste…o silêncio?
- É isso. - disse abrindo-se num sorriso - Havia qualquer coisa que sentia e não estava a conseguir definir. O silêncio. Sim. Uiii…é avassalador.
- É das coisas que mais aprecio neste lugar. O silêncio.
- Brutal. - virou-se para mim - Obrigado.
Estávamos ambos sentados a apreciar o fim de tarde. Sem pressas. Saboreávamos o momento, o mar que se estendia a nossa frente, a brisa ligeira que fazia ondular ligeiramente os ramos das palmeiras e o silêncio.
- Levanta o quimono - pedi - e abre as pernas. Quero olhar-te
- Isso é assim, só mandar? - riu-se - Não tenho direito a opinião? A vontade própria?-
- Claro que tens. Apenas quero olhar. Ver-te. Admirar o teu corpo.
Pestanejou muito lentamente, pousou o copo ao seu lado, no chão. Sem se levantar e com o olhar fixo no meu, abriu lentamente o quimono. Os peitos subiam ao ritmo da sua respiração. Ajeitou-se na cadeira, e sempre com gestos lentos, abriu as pernas. . As coxas morenas.
Olhei demoradamente. Levantei os olhos. O olhar dela estava fixo no meu. Abriu mais as coxas, expondo-se ainda mais ao meu olhar. O corpo, que tantas vezes em conversas virtuais, tinha imaginado, estava ali, à minha frente, exposto aos meus olhos.\
- É assim que gostas?
- Gosto de olhar. Ver - fiz uma pausa - Muitas vezes te imaginei, sabes isso
- Sei. E eu a ti...como serias. O toque da tua pele. O sabor da tua boca. O teu cheiro.
Nenhum de nós sorria. Aquele era o momento que tanto tínhamos desejado. E tudo por causa da foto da capa de um livro.
- Ajoelha-te - A sua voz era um sussurro. Intensa - Colocou-se mais na ponta da cadeira. Vem até mim, de joelhos. Isso. Menino obediente - Abriu mais as coxas
- Queres beijar o meu sexo? Lamber-me? provar o sabor do meu sexo? - baixou o slip com gestos rápidos e precisos.
- Quero. Quero beijar o teu sexo. Quero o teu sabor na minha boca. Os seios. Beijar o teu corpo todo.
Estava nua agora. Tinha tirado o quimono e o soutien. Eu estava ajoelhado entre as suas coxas. As dedos das suas mãos entrelaçados no meu cabelo. Aspirei o cheiro do sexo. Colei a minha boca e lambi.
- Só a boca. Nada de mãos - ordenou enquanto se ajeitava para que eu a pudesse lamber melhor.
Lambi, beijei. Era a primeira vez que sentia o gosto dela, que a minha língua e boca exploravam o sexo dela. A minha língua lambia o clitóris. Sentia-a cada vez mais húmida. Eu por minha vez já tinha o sexo a palpitar de desejo. Duro. Prendi o clitóris entre os lábios e deixei a língua lambe-lo. Chupei.
- Vem - Pedi levantando-me e estendendo-lhe a mão.
Ela segui-me até ao quarto. Abri uma das gavetas da cómoda e tirei lenços de seda.
- Sem receios. Confia. - pedi
- hummm… vou confiar.
Beijei-a na boca, as línguas degladiando-se. Ela prendeu a minha entre os dentes. Já estávamos ambos nus. Uma das minhas mãos acariciou-lhe o sexo húmido de tesão. A mão dela pousou no meu baixo ventre e acariciou-me o pénis duro. As bocas continuavam unidas. A língua dela na minha boca. Sorvi-lhe o gosto com a mistura de gin e tónica com lima.
Tinha dois dedos na cona dela. Soltei-me e dei-lhe os dedos a lamber. Ela sorveu o gosto do próprio sexo. Enquanto lambia, o seu olhar estava fixo no meu. Ajoelhou-se. Agarrou no meu pau duro e sorriu. Abriu a boca e começou a brincar com a língua na glande. Depois fechou os olhos e começou a lamber. Senti o pénis deslizar-lhe na boca.
- Isso querida. Chupa. - disse enquanto me deixava cair na cama.
Deixei que o fizesse por um bocado e depois, ajudei-a a levantar-se. Fi-la deitar-se na cama e usando lenços de seda, amarrei-lhe os pulsos e tornozelos em argolas na cabeceira e pés da cama.
- Espera. Já venho - pedi beijando-lhe a boca
Quando regressei, trazia um balde de gelo, que pousei na mesinha de cabeceira.
-Desejo-te - disse fitando-lhe os olhos negros. Os seios dela subiam no peito ao ritmo da respiração. A boca entreaberta era um convite ao beijo.
- Beija-me - pediu - beija-me primeiro - Colei a minha boca a dela.
Peguei numa das pedras passei-lha pelos lábios. Ela abriu um pouco mais a boca e lambeu, a língua vermelha acariciando o cubo gelado. Fui deslizando pelo pescoço, lentamente, até aos seios, deixando um sulco de água gelada na pele. Fiz pequenos pequenos círculos com o gelo nos mamilos. Hirtos, expondo a excitação que a assaltava. A respiração dela ia-se tornando a cada momento mais pesada. Tinha agora os olhos fechados, a cabeça tombada para um dos lados, os longos cabelos como ondas de um mar negro e brilhante na almofada. A boca entreaberta deixava ver a língua vermelha e húmida. O gelo deixava sulcos na sua pele. Peguei noutra pedra e comecei no umbigo e depois no sexo. Os gemidos dela tornavam-se cada vez mais audíveis. A respiração ofegante, as mãos a agarrarem as sedas que a mantinham presa à cama. As ancas meneando-se.-
Por favor, Pedro, para. Desejo-te. Não aguento mais. Vem, por favor. Mete-te em mim. Solta-me e possui-me. Por favor…Fode-me. Fode-me…
- Ainda não.
Fiz o gelo deslizar pelo sexo dela. As ancas moviam-se o que podiam, presas pelos lenços que a prendiam. Introduzi o cubo de gelo enquanto esfregava o clitóris. Um gemido saiu-lhe da garganta.
- Por favor. Fode-me - Os olhos negros ardiam de desejo. Beijei-a na boca. Mordeu-me os lábios. Senti o gosto do sangue.
- Menina marota – disse eu – enfiando novamente dois dedos no sexo dela. Masturbei-a e meti mais um dedo. Não tardou a se vir a primeira vez. Um grito rouco saiu-lhe da garganta enquanto sacudia o corpo ao ritmo do orgasmo. Apertei-lhe os seios.
- Vais ser uma menina obediente?
A voz saiu-lhe num sussurro – Sim
-Não ouvi. .
- Simmm…
Gentilmente apertei-lhe o sexo na minha mão.
- Hum…fode-me…- voltou a pedir
Os olhos brilhavam de luxuria. Os peitos subiam e desciam no peito ao ritmo da respiração. Subi para a cama e colocando-me entre as suas pernas. Tinha as coxas bem abertas.-
Isso, fode- me e dá-me a tua esporra. Quero sentir-te vires-te dentro de mim.
O olhar brilhava de luxuria. Doía-me o sexo do tesão que sentia. Beijei-lhe a boca no instante em que a penetrei. As línguas unidas. Bocas coladas. O meu sexo no dela. Não demoramos a explodir ambos num orgasmo intenso.
- Solta-me… - a voz dela era um sussurro rouco. Soltei-a das amarras que a prendiam a cama. Empurrou-me e foi a vez dela me amarrar.
- Shiuuuu…- o olhar dela ardia de tesão. Meteu-me os dedos na boca.
- É a tua vez, meu querido. - Chupei-os dedos
Levantou-se e sentou-se na minha cara.
- Lambe. Quero que lambas a minha cona com a tua sémen a sair dela. Anda - Dizia meneando as ancas de encontro a minha face. Eu sentia na boca o sabor dos dois sexos. A minha esporra misturada com a seiva dela. Era a primeira vez que o fazia.
- Isso querido. Uiiii…tão bom…bebe a tua esporra e os meus leitinhos. Fodas…tão bom… Apertou as coxas quando se veio na minha boca.
- Não tens fome? Estávamos agora deitados, ela aninhada com a cabeça no meu peito
- Shiuuu…não fales. Deixa-te estar assim mais um bocadinho.
A expectativa que se tinha criado nos meses que antecederam aquele dia, tinha eclodido. O desejo finalmente concretizado. A posse. A comunhão dos prazer. No quarto pairava como numa neblina etérea o aroma de suor e sexo. Dois corpos, aninhados um no outro, numa leve sonolência pós coito. Dois amantes, que finalmente tinham concretizado o que durante horas a fio, perante um ecran de computador e telemóvel, tinha existido apenas no reino do virtual.
As conversas nas redes sociais, naqueles meses que antecedam a visita dela, foram um desvendar de gostos, desejos, fetiches de cada um de nós. Como uma cebola que se descasca. Camada após camada, fomos nos desvendando, perante o olhar do outro. A certo ponto, sabíamos mais dos desejos mais intimos um do outro, do que quem nos conhecia pessoalmente. Ao mesmo tempo que cada um se ia desvendando, revelando, iamos construindo, como um puzzle, a imagem um do outro. Eramos um homem e uma mulher que se desejavam. E que queriam, que o que até ali tinha sido virtual, fosse real. Palpável. Que o desejo que nos consumia, a cada um dos dois, tivesse finalmente um enlace. Aquele fim-de-semana era o culminar de todos os desejos.
Depois do jantar, demos um passeio até promanada, até junto ao mar. Estava uma noite amena. O mar quase um lago.
- Viveste sempre aqui nesta zona? - perguntou
- Não. Vivia na cidade. Mas mudei-me dois anos atrás.
- Preferes viver aqui ou na cidade?-
Acho que…sem dúvida aqui. - pensei um pouco antes de continuar - Não quero voltar para a cidade. Gosto da minha casa, do meu espaço. Menos confusão aqui. Muito mais calmo.
- Como te compreendo - fez uma pausa antes de continuar - Não me importava de viver num sitio como este, Assim, pertinho do mar.
- Se te conseguires abstrair de certas coisas. Não tudo é idílico como parece.-
Aqui e em todo o lado.
- Sim, eu sei.
Deixamos que o silêncio se instalasse entre nós. Não era um silêncio de quem não tem nada para dizer, antes um que era uma comunhão, uma partilha de momentos raros em que não existe a necessidade de palavras.
No regresso a casa, já íamos quase colados. Parávamos para nos beijar e tive que fazer um esforço para não lhe levantar o vestido e foder ali mesmo
- Tens conhaque? - perguntou quando chegamos a casa
- Tenho, claro.
- Serve-me um - beijando-me a boca e passando a mão pelas minhas virilhas
Servi dois Cognacs e fui ter com ela à varanda. Estava deitado numa das espreguiçadeiras. O vestido puxado quase até ao cima das coxas. As pernas morenas cruzadas. Os olhos fechados. O seu corpo, numa posição de total abandono, a cabeça ligeiramente tombada pra um dos lados. Parecia sorrir. Um sorriso quase imperceptível. Senti um ligeiro arrepio, e desejei guardar aquele momento para sempre na minha memória. Ela entreabriu ligeiramente os olhos. O sorriso abriu-se na face.
- Obrigado - disse
- Por…?
Arqueou uma das sobrancelhas, o olhar fixo em mim.
- Por estes momentos. Este silêncio. Esta sensação de paz. Calma.
Estendi-lhe o copo.
- Deita-te aqui a meu lado - pediu
Aninhou-se em mim, e ficámos assim um tempo indefinido.
Quando acordei da sonolência em que tinha caído, ela olhava para mim.
- Adormeceste.
- Parece que dormitei, sim
Tinha o corpo colado ao meu e uma das suas mão tentava abrir-me a braguilha das calças. Beijei-a. Não foi preciso muito para eu ficar com uma erecção. As mãos dela massajavam suavemente provocando-me arrepios de prazer. Era noite. Ao longe, na escuridão que era agora o mar, pequenos pontos de luz branca. Barcos na faina. Levantei-me e dei-lhe a mão para a ajudar a por-se de pé.
– Vem – puxei-a para mim e fomo-nos encostar à varanda a olhar o mar banhado pelo luar.
Coloquei-me por detrás dela. As minhas mão começaram a acaricia-la através do fino vestido de algodão. Pressionava o meu sexo contra as suas nádegas. Ela puxou o vestido ligeiramente para cima enquanto eu despia as calças.. As minhas mãos estavam agora por baixo do vestido e acariciavam-lhe os seios. Os mamilos presos entre dois dedos. Sentia o suave menear das ancas contra mim. Com uma das mãos desci-lhe a cuequinha de fio dental que ela com gestos experientes fez deslizar pelas pernas até aos pés. Abriu mais as pernas. Eu explorava o sexo húmido e quente. Sentia uma das mãos no meu pau duro. Alçou o rabo para facilitar a penetração. De uma estocada estava dentro dela. As mãos dela puxavam-me para si, como querendo gozar a plenitude daquele dardo dentro dela. Fodemos assim, eu a agarrar-lhe os seios, a apertá-los. Finquei os meus dentes nos seus ombros. A sua cabeça tombava para trás.
Era uma foda animal. De desejo. Dois corpos colados. As nádegas dela contra o meu baixo ventre e o pénis todo enterrado na vulva dela. Os gemidos roucos rasgavam a negritude do silêncio nocturno. Tirei o meu sexo húmido e latejante, virei-a para mim e beijei-a. Ela agarrava-me o sexo. Ajoelhou-se e começou por chupar a glande, uma das mãos apertando-me os testículos. Lambeu, a língua brincando com a a haste até aos testículos. Meteu-os na boca e chupou enquanto a mão direita me agarrava o pau. Depois engoliu-o todo. Tracei os meus dedos nos seus cabelos e gozei aquele broche delicioso. O pau na boca e as suas mãos acariciando os testículos ou indo pressionar ligeiramente o anús. Fi-la levantar-se e regressar à posição inicial. Ajoelhei-me por detrás dela, abri-lhe as nádegas e deixei que a minha boca e língua se deliciassem no cuzinho dela. Ela segurava-se na varanda e pressionava as nádegas contra mim. Mordi-as, lambias e voltei a abrir-lhe bem o cu para a minha língua o lamber. Pressionei a língua a entrar um pouco e lambi cheio de tesão.
– Deixas-me louca – a voz dela era um sussurro. Levantei-me e quase sem parar dirigi o meu sexo ao anus aberto e húmido da minha saliva. Comecei a penetra-la. Primeiro só a glande, depois todo. Encostei-me a ela e pressionei-a contra a varanda. Ela mal se podia mexer. Apenas as minhas ancas se moviam. Enrabei-a assim por uns minutos. Depois parei. O sexo todo no cu dela. A minha mão na vagina húmida e quente. Esfregava-lhe o clitóris. Sentia a húmidade que escorria da cona. Encostei a boca ao seu ouvido. Mordi o lóbulo e disse-lhe quase num gemido rouco de prazer
- É melhor irmos ao duche
A noite ia ser comprida. Rimo-nos com histórias da adolescência de cada um. Comparávamos vidas. Era cada vez maior a intimidade e cumplicidade entre nós. iEram quase três da manhã, a lua já ia alta, estávamos deitados numa das espreguiçadeiras, nus, cobertos apenas por uma manta.
- Vem – disse ela levantando-se – menino traquinas, agora é a minha vez. – Os olhos tinham um brilho travesso e a boca tinha um sorriso malicioso. Estendeu duas toalhas no chão do quarto.
- Deita-te no chão. – ordenou. Colocou-se de pé por cima de mim. Um perna de cada lado. Deitado, observei a curvatura das pernas. No meio, na junção, o sexo. Entreaberto. As nádegas. A barriga, Os seios. Ela tinha a cabeça inclinada, de maneira a me olhar.
- Gostas do que vês? Das minhas pernas? Das minhas coxas? Das minhas nádegas? Do meu sexo? Vês os meus peitos, os mamilos? Estou excitada, sabes? Tenho tesão. Quero-te foder e que me fodas. - os braços pendiam ao longo do corpo, as mãos na parte exterior das coxas - Olha, meu voyeur…Olha o meu corpo. Gostas do que vês? - Fez uma pausa - Tens o caralho teso. Duro. Estás também com tesão. Queres estar dentro de mim, não queres?
As mãos dela deslizaram-lhe pela barriga, nádegas. Com dois dedos afastou os lábios do sexo.
- Não gostas de ver? De olhar? Vê, olha bem a minha cona…toda molhada de desejo. Queres a minha cona?
- Quero - Um pé dela pisou-me o sexo
- Cala-te.
Masturbava-se. Com uma das mãos afagava o clitóris, o sexo, metia os dedos. A outra prendia ora um mamilo ora outro. Abriu mais as pernas e meteu os dedos no sexo.
- Não gostas de ver? Olha como eu me toco. A minha cona. Os mamas. - Baixou-se e deu-me os dedos a lamber. Beijámo-nos numa ansia sôfrega. As mãos dela percorriam o meu corpo, o peito,a barriga. Agarrou-me o pau teso. A língua dela percorreu-me o peito e a barriga até encontrar o pénis. Chupou-o com força. Depois montou-me. O corpo, subindo e descendo, oferecendo-me os seios a chupar. Mordia-me os ombros enquanto me montava. Senti o orgasmo dela. Modeu-me a boca.
Saiu de cima de mim
– Quieto. Não se mexas – Agarrou num lenços de seda que ao fim da tarde tinham servido para a amarrar.
- De quatro. Obedece. Fiz o que ela pedia.
– Afasta as pernas. – Agarrou-me nos pulsos e amarrou-mos atrás das costas.
– Hummm…assim mesmo…à minha disposição. – sentia ajoelhar-se atrás de mim. Acariciou-me as nádegas e depois sem aviso, deu-me umas palmadas em cada nádega. Abriu-as. Começou a lamber. Sentia a língua dela e os lábios dela no anus. Mordeu as nádegas, enquanto com uma das mãos me iam massajando o caralho. Estava louco de tesão, aquela língua no meu cu e o meu caralho a ser acariciado por ela.
– O menino que se deixe estar quietinho que isto ainda não acabou. – Levantou-se. Não vi o que fez. Passado uns instantes senti-a colocar-se novamente por detrás de mim. Os dedos com algo frio que pensei ser gel. Lubrificava o meu anus.
– Hummmm….Meu querido. És meu. Pelo menos este fim-de-semana serás meu. Assim como eu serei tua. Todo o teu corpo me pertence. O meu será teu. Teu e só teu. Lembras-te do que conversamos nestes meses? Dos desejos ocultos? Pois bem, irei possuir o teu corpo e tu o meu. - Enquanto falava uma das mãos agarrava-me o sexo duro e a outro acariciava-me o anus - O teu cu é meu. Não sabes as vezes que imaginei fazer-te isto. Enquanto conversávamos, imaginava-te assim, de quatro, amarrado, a minha disposição. Um dedo penetrou. Gemi.
- Isso, geme que só ainda comecei - Sentia-o entrar e sair. Depois dois dedos. Tinha os dedos dela a alargarem-me o anus e a entrar e sair. De quatro, as mãos amarradas atrás das costas, a cabeça na almofada e os dedos a entrarem e saírem do meu cu. Rodavam alargando-me. A outra mão apertava e massajava o pénis. Gemi de prazer louco. Quando estava quase a vir-me, fez-me tombar de lado, e sem tirar os dedos do meu cu chupou-me o pau. Vim-m na sua boca.
Caiu a meu lado. Beijou-me a boca.
- Precisamos de outro duche – riu-se - e de dormir.
Quando acordei na manhã seguinte, ela ainda dormia.
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