quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Voyeur


Gosto de olhar. E gosto de olhar para ti. A tua boca. Os teus lábios. A tua pele morena. O teu cheiro.

A tua boca abre-se para o beijo. Sinto os teus lábios contra os meus. O teu hálito. Os lábios colados. A boca que se vai abrindo. As línguas sôfregas uma na outra. Encosto mais o meu corpo ao teu. Agarro-te suavemente e puxo-te para mim. O teu braço enlaça-me o pescoço enquanto nos beijamos. Adoro beijar a tua boca. Sentir a textura dos teus lábios. Húmidos.

Fechas os olhos enquanto me beijas. Mas eu olho. Porque gosto de olhar.

As minhas mãos invadem o teu corpo por baixo da roupa que trazes vestida. O toque da tua pele na minha mão. As costas. Forço um pouco e agarro-te as nádegas. As bocas continuam coladas. Sinto o meu sexo ficar duro de desejo. Sem te despir, não há pressa, meto a mão até sentir a púbis que orla o teu sexo. Afago os pelos e sinto-os na palma da minha mão cujos dedos deslizam para o teu sexo. Afasto ligeiramente a minha face da tua para te olhar melhor. Tens os olhos fechados e a boca entreaberta. Num convite ao beijo.

Esmago os teus lábios num beijo intenso, as línguas a tocarem-se enquanto os meus dedos te percorrem o clitoris e o sexo. A tua vagina molhada. Gosto de sentir e de te sentir enquanto te acaricio. Começamos a despir-nos. Desejo. Preciso de ver o teu corpo nu. Olhar a tua pele. A tua face. Pescoço. Os seios morenos. Os teus mamilos erectos. A tua pubis. A vagina. As pernas.

Deito-te na cama e olho para ti. Olho como só um voyeur sabe olhar. Não o que olha pela porta da fechadura. Mas aquele que olha para além do desejo que o consome. Absorvendo no olhar cada milímetro da tua pele. Cada tua pequena imperfeição que torna tudo tão perfeito. Estás nua. 

Deito-me a teu lado, virado para ti e os corpos colam-se. Ambos gostamos de beijar. É como se o tempo se suspendesse quando as nossas bocas se colam e os corpos nus se descobrem como se fora a primeira vez. .

Percorro o teu corpo com as mãos e o olhar. Enquanto te aprisiono os mamilos na boca, ora um ora outro, a minha mão acariciando o teu sexo. O clitóris. Os dedos penetram em ti. A tua respiração muda conforme o que vais sentindo. Esfrego rápido o teu clitóris. Tens os olhos fechados e a boca semi aberta, o lábio superior num ligeiro trejeito. Beijo-te e enfio-te os dedos no sexo. Quente. Húmido. Gemes. Apertas-me num abraço e beijas-me sôfrega a medida que o orgasmo se aproxima. A tua vulva aperta-me os a dedos medida que o teu prazer aumenta e o orgasmo rebenta. O teu prazer é o meu prazer.

Sinto a tua mão que me acaricia o sexo. Tenho vontade de estar dentro de ti. Mas antes quero sentir na boca o gosto do teu sexo. Não imaginas como gosto do sabor do teu corpo. Abrir-te as pernas e expor-te o sexo a minha boca. Beija-lo. Lambe-lo. O clitoris. Ora chupa-lo ora acaricia-lo apenas com a ponta da língua. Agarro as coxas a minha cabeça entre elas. Mordo. Lambo. Beijo. Aperto e rolo os mamilos entre os dedos da minha mão enquanto me deleito a lamber-te o sexo. Tenho o teu gosto na minha boca. Bebo a seiva que jorra da tua vulva. Quero beber do teu sexo. Quero sentir o teu orgasmo explodir na minha boca. E depois…penetrar-te. Sentir o meu sexo deslizar dentro de ti. Colamos os corpos, as bocas.

É uma comunhão de desejo e de prazer. Entrar e sair de dentro de ti. Sentir as tuas coxas.

Os teus seios. A maneira como moves os braços para me acariciar a face enquanto te olho e te vou penetrando. Os teus olhos fixam os meus. A tua boca. A tua respiração. Desejo. Sinto um desejo imenso de prolongar o próprio desejo que sinto por ti e estar dentro de ti. Quero que te venhas. Gemas nos meus ouvidos. Me mordas a boca. Peço-te a língua para chupar ao ritmo do meu na tua vagina.

Prolongo ao máximo o momento em que me vou vir. É, de todas as vezes que me venho dentro de ti, como uma explosão solar que ocorresse em mim. Uma perda instantânea de consciência onde existe apenas o êxtase que me invade. São segundos breves de um prazer intenso que queima.

E depois...ficar dentro de ti. Olhar-te. Beijar-te. Adoro a tua boca na minha. O teu hálito.

 Ela


Ela sentou-se na sua frente. Trazia um top de renda preto, que lhe deixava a parte superior dos seios a vista e uma saia, também preta, que lhe dava um pouco acima dos joelhos.

Fixava-lhe o olhar, quase sem pestanejar. Com uma mão, subiu a saia, exibindo as coxas morenas, até as expor por completo. Abriu as pernas e com das uma mão acariciou o sexo através das cuecas de seda. Com a outra, baixou o top, devagar, deixando que os seios ficassem livres para que ele os pudesse admirar. Levantou-se lentamente, a lembrar uma cena de filme em slow motion. Com gestos lânguidos e sem deixar deixar de o olhar, fez deslizar o pequeno slip ao longo pernas. Apanhou-as e esfregou-as na boca dele. 

-Abre a boca - pediu. Ele obedeceu. 

Voltou a sentar-se. Subiu as saias e abriu as pernas. O sexo exposto ao seu olhar ávido, pleno de luxuria. Toda aquela encenação o deixava à beira da loucura. As cuecas ainda na boca dele, as cuecas que tinham protegido o sexo e o anus dela estavam agora na boca dele. Com uma das mãos começou a acariciar-se enquanto a outra ia massajando os seios. Ela tinha-lhe dito que não ele se poderia mexer. Independentemente do desejo, tesão, o que sentisse ou desejasse. Teria que ficar imóvel.

Ela sabia que ele ardia de desejo. Podia ver o alto nas calças dele. O sexo duro.

- Rasteja até mim - ordenou ela - vamos, até aqui - disse enquanto fazia desaparecer os dedos no sexo. Ele aproximou-se de joelhos. Ela tirou-lhe as cuecas da boca - vá, lambe a minha cona - ordenou, enquanto com a mão lhe puxava a cabeça para o seu sexo. Ela sentiu a língua dele húmida no meio dos lábios da vulva. - lambe -me bem, quero essa língua e esses lábios lindos no meu sexo e clitóris. Quero-me vir na tua boca. Sabes que ainda adolescente, já sonhava com essa boca? Linda? Pecaminosa? Ficava a olhar para eles, os teus lábios, o teu sorriso e a imaginar como seria bom ser lambida por eles. Tu a falar com os teus amigos, no café, a de política, musica, livros, sei lá...e eu sozinha olhos para a tua boca. Para a tua boca na minha. Nos seios. No sexo.

Ela gostava da sensação da respiração dele enquanto a língua lhe afastava os lábios da vagina e lambia. Gostava da sensação da boca dele, dos lábios quentes a prenderem e chuparem oclitóris ao mesmo tempo que a língua muito ao de leve o acariciava. Ele tinha uma boca de que ela gostava. E ele sabia deixa-la em extâse. A boca e língua dele faziam o corpo dela explodir em mil sensações. sensações. Ao lamber-lhe as virilhas, deixando as húmidas desaliva, ao lamberem os lábios do sexo, da cona húmida e quente, o clitóris. Adorava quando sentia a língua quente e húmida penetra-la. Arqueava mais as ancas para que ele fosse mais fundo nela. Queria que ele sorvesse o gosto da sua excitação que lhe escorria do sexo. Para depois lhe beijar a boca e poder sentir o seu próprio gosto.  Quando se masturbava lambia os dedos, sentindo o sabor do seu sexo.

Como gostava que ele se viesse a sua boca e a beijasse ainda com o semen na língua. Excitava-a sentir na boca dele o gosto da sua própria excitação. Do desejo que escorria de entre as suas pernas. E sabia que ele gostava.

Adorava sentir os lábios. As pequenas dentadas no interior das coxas. E apesar de não ter o mesmo prazer, gostava quando sentia a boca dele lamber-lhe o ânus. Era um prazer

diferente. Era mais mental e menos físico. Sentir a língua dele no ânus, não tinha a intensidade que tinha quando ele lhe lambia o sexo. Mas havia algo de transgressão, virar-se, abrir as nádegas e ordenar que ele lhe lambesse o ânus que ela lhe oferecia. Ele gostava, ela sabia disso. E a excitação dele, o prazer dele era também o seu prazer.

Ela sentia o orgasmo aproximar se a medida que ele a lambia. Agarrou-lhe no cabelo com força. Empurrou mais as ancas na direcção dele ao sentir o orgasmo explodir. Apertou as coxas e manteve-o colado ao exo. Só depois relaxou. Ainda podia sentia os lábios e a língua dele no seu sexo. Mas agora mais suave. Fê-lo levantar-se e beijou lhe a boca.

Gostava de o beijar e da maneira como ele beijava. Ele sabia beijar. Enquanto se beijava agarrou no sexo dele. Duro. Depois chupou-o. Queria-o na boca. Sentir aquele dardo invadi-la até a garganta. Sentir o membro quente aprisionado entre a língua e o palato. Chupou-ocom força, fazendo o entrar e sair da sua boca. Depois lambeu e chupou os testículos. Gostava de sentir a boca cheia com o sexo dele. E gostava do sabor. Do cheiro. Da pele. E gostava de sexo com ele. Foder e ser fodida. Ajoelhou-se no sofá, de costas para ele. Sentiu o a glande roçar ao longo do rego das nádegas, a acariciar o anus, e depois lábios da vulva, quente e húmida. 

Sentiu a estocada. O dardo a penetra-la. O corpo dele contra o seu. As mão que lhe prendiam as ancas. Ela apertou os músculos da da vagina. Tinha treinado aqueles músculos para sentir mais o dardo dele quando a penetrava. Sentia-o tocar no colo do útero quando a penetrava. 

- Fode-me cabrão - gemeu. - fode me bem a cona.

Gostava assim. Com ele por trás a agarrar -lhe ora as nádegas ora as ancas. Gostava de sentir o traseiro exposto ao olhar dele. Ele era um voyeur. Um daqueles homens que gosta de olhar. Por vezes, quase se sentia assustada, quando nua a sua frente, expondo o seu corpo em toda a sua plenitude, vi aquele olhar intenso. Os olhos brilhantes. Ela não semi-cerrava os olhos. Era como se quisesse que ela visse o desejo a arder nele. Como se... não. Ela tinha a certeza que era isso que ele queria. Excitava-o. Ele fitava-a por vezes muito sério...quase absorto na admiração do corpo dela. Ela também não poderia negar que isso a excitava. O desejo sôfrego na intensidade do olhar dele..

Vieram-se em simultâneo. Ela sentiu o orgasmo ao mesmo tempo que sentia o espermadele jorrar-lhe na vagina. Gostava daquela sensação de calor do esperma. - Não tires, ficadentro de mim mais um bocadinho. Ele acariciavam-lhe as costas em gestos meigos. Tinha uma mãos suaves. Uma pele sedosa que ela adorava sentir a acariciar lhe o corpo. Começou a mexer lentamente as as ancas. O sexo ainda semi-duro dentro dela.


 Mousse de chocolate, morangos e chantilly



Eu tinha acabado de chegar a casa quando a campainha tocou. Não estava a espera de ninguém. Olhei o vídeo porteiro e vi a M. Carreguei no botão para abrir a porta do prédio para que ela pudesse subir. Pouco depois ela estava em minha casa.

- Antes de mais, queres beber alguma coisa? - perguntei assim que ela entrou

- Tens café? perguntou

- Nespresso serve?

- Está óptimo

Preparei dois Nespresso e voltei para junto dela com as chávenas de café fumegante.

- Preciso da tua ajuda com estes documentos - disse estendendo-me um envelope. - Se não te importas. Ou indicas alguém que me possa ajudar.- Peguei nos documentos e li por alto. 

- Vou ver o que posso fazer. Não me parece ser nada de complicado. Podes deixa-los ficar uns dias?

- Claro. Desde que não os percas. Obrigado - agradeceu - preciso mesmo de resolver esse assunto.

- Depois leio tudo com calma e vejo a melhor solução..

Ela estava vestida com uns short brancos e um top verde claro. A visão dos ombros nus e das longas pernas morenas  começavam a provocar me uma ligeira excitação. Eu trazia apenas umas calças de linho, e estava a ficar com um erecção e não fazia nada, nem tinha tenções, de o esconder.  Eu sabia que ela tinha reparado, mas nada tinha dito. Mas de vez em quando o olhar dela dirigia-se ao meu entre-pernas. Seja. 

Fui guardar as chávenas e ela veio atrás de mim.

- Já não me lembrava de como o teu apartamento é enorme.

- É - concordei pondo as chávenas no lava-louça - demasiado grande para uma pessoa só. Estou a pensar mudar-me-

 A sério?! 

- Sim.

- Hummm…não vás para muito longe - sorriu

Ela estava a meu lado. Senti o seu perfume e a minha erecção começava a se notar cada vez mais. Pareceu-me ver um ligeiro sorriso na face dela.

- Incomodo? - Perguntou

- Claro que não. Ia começar a preparar o jantar. Porque não jantas comigo?

- A sério que não estou a incomodar? - tinha um sorriso irónico estampado na cara

Fingi que não era nada comigo

- Nope. Não incomodas nada. - Sorri e virei-me descaramento para ela. Um alto nas calças de linho mostrava o estado em que eu estava

- Não vou dar demasiado trabalho?

- Achas? - sorri satisfeito por aquela resposta ser uma aceitação do meu convite - Posso preparar um caril de gambas. Não demora muito e sei que adoras.

- Uauuu - sorriu - adoro gambas. Aceito

- Eu sei que gostas

Abri uma garrafa de vinho branco que tirei do frigorífico e servi um pouco em dois copos que pedi que tirasse do armário.

Olhei-a nos olhos enquanto fazíamos a saudação da praxe - cheers - e ela não desviou o olhar. Encostou-se ligeiramente a mim.

Eramos amigos a uns anos. Quando eu organizava jantares, ou um grupo de amigos ia a concertos, fazia questão de a convidar. Nem sempre ia, mas era uma excelente companhia. Além de muito bonita nos seus quarenta anos. Tinha um filho e estava divorciada. Tal como eu.

Passei as gambas por água e como tinha já tudo mais ou menos preparado em pouco tempo tinha o caril ao lume. O arroz preparei na Bimby. Prático e rápido. Servi mais um pouco de vinho. O cheiro do caril pairava na cozinha. Ela chegou-se se a mim e encostou-se.

- Cheira mesmo bem, Só falta uma coisa.

- O quê?

- Música seu tonto. Se estás aqui a montar uma cena de sedução, falta a música. Dispenso as velas. Mas os morangos e gelado de chocolate no final era óptimo

- Tens cá uma lata. - Ri-me e beijei-a ao de leve na boca.

Não era a primeira vez que estávamos juntos.

Olhamo-nos novamente. Procurei os lábios dela e beijei-a. Um beijo leve apenas. Um toque de lábios suave. Ela passou-me a mão no cabelo - estas brancas ficam-te bem, mas o cabelo está a precisar de ser aparado. - Devias pensar em deixar crescer a barba. Ia-te dar charme…mais charme - sorriu

- Hummm…vou pensar nisso

Sorri. Puxei a mais para mim e beijei-a agora com intensidade. Ela passou os braços em volta do meu pescoço e senti o gosto da boca dela. As minhas mãos acariciavam-lhe as costas. Senti a pressão das ancas dela contra as minhas. Comecei a beijar-lhe o pescoço. Os ombros nus. A respiração dela no meu pescoço excitava-me ainda mais. Fiz descer o top, deixando que os seios se libertassem. Ela afastou se um pouco deixando me ver os seios magníficos e começou a desapertar-me a camisa. Tirou o top e voltou a encostar se a mim. Voltamos a beijar-nos. 

- Tinha saudades tuas - disse com um sorriso - e não deixes queimar o jantar - Sorri

- Vem cá - pediu quando eu disse que estava tudo pronto. Continuava sentada apenas com os shorts vestida. Já tinha descalçado os sneakers. Aproximei-me dela. Baixou-me as calças e sempre a fitar me deixou o meu pénis erecto perto da sua face. As suas mãos envolveram no. Acariou-o. Eu estava louco de desejo. Abriu a boca e suavemente começou a beija-lo. Suspirei quando começou a chupar, fazendo a língua girar em volta da glande. Senti-o deslizar na boca húmida e quente. Eu agarrei lhe os seios e massajei-os.

- O jantar pode esperar um pouco - Tinha o sexo depilado tal como eu. Fi-la sentar se em cima da mesa e abri-lhe as pernas expondo o sexo húmido a voracidade do meu olhar. 

- Esta mesa aguenta? Perguntou

Comecei por lhe beijar as coxas, a língua deixando um rasto de saliva. Pequenas dentadas. Percorri com a língua as virilhas. O aroma do seu sexo começava a excotar-me ainda mais. Só então lhe beijei o sexo. A minha língua ia do clítoris até a vulva. Beijei, lambi. Sentia uma das mãos no meu cabelo.

- sso - dizia -lambe meu querido. Faz-me vir na tua boca. 

Aquelas palavras no sussurro que era a voz dela estavam a deixar-me a ponto de me vir. Senti o primeiro orgasmo dela explodir-me na boca. Cerrou as coxas em volta da minha cabeça a sua mão agarrando-me os cabelos. Mal consegui respirar. Quando relaxou penetrei-a. Ela deixou-se cair para trás na mesa, enquanto eu de pé, no meio das suas coxas a penetrava. As minhas mãos nos seus seios.

Viermo-nos quase em simultâneo. Sorri para ela.

- Queres um duche antes de jantar?

- É melhor sim. Vamos 

- Estou cheia de fome - disse enquanto se secava.

- Também eu…ajudas-me a por a mesa.

- Podemos jantar na cozinha. É mais prático

- Não. Na sala. 


- Os pratos de sobremesa onde estão? - perguntou no fim de jantar

- Não vão ser precisos pratos - sorri e olhei-a.

- Não?

- Não. Precisamos de libertar a mesa se não te importas. Vamos precisar de espaço.-

- Deixa te estar que vou buscar a sobremesa. - disse quando a mesa estava limpa e apenas com uma toalha em cima. Acendi umas velas e apaguei as luzes da sala. Eu durante a tarde, e porque sabia que ao fim de semana aparecia gente lá por casa, tinha confeccionado uma mouse, que era algo que dava pouco trabalho e quase todo o mundo gostava. E no mercado de manhã tinha comprado morangos. Não sabia se ela iria gostar do que eu tinha em mente, mas decidi que o iria fazer. Levei para a sala a mousse, os morangos e um tubo de chantilly. Que por sinal é algo que não aprecio. Mas o chantilly não era para mim.

- Hummm…estou a gostar. De certeza que não são precisos pratos? - perguntou ela quando viu a mousse, os morangos e o chantilly. E uma banana.

- Não - respondi - depois dizes se gostas da ideia ou não.

A mesa de jantar é grande e pesada. O ideal para o que se iria passar.

- Primeiro as senhoras - Despi-me completamente e sentei-me na mesa. - Senta-te aqui a minha frente - sugeri. Ela olhava para mim com um ligeiro sorriso.

- Espera espera espera... l- fez uma pausa - Vais mesmo fazer o que eu penso que estás a fazer? Perguntou

- Vou…bom, a menos que não queiras, claro.

Sentou-se. Tinha o olhar fixo nos meu, sem deixar de sorrir. As mãos pousadas nas minhas coxas. 

- É mais uma das tuas fantasias, não é? Já o fiz apenas com chantilly contigo, lembras-te? Este é mais género…gourmet - rimo-nos ambos

Meti os dedos na mousse e "barrei" os mamilos, baixo ventre e sexo, virilhas, testículos. Juntei lhe um pouco dos morangos aos pedaços. E por cima chantilly. 

- Tu és meio louco e eu adoro-te - sorria

- Eu sei. E eu a ti 

Puxou a cadeira para a frente. Levantou-se e começou pelos mamilos. Lambeu ambos e mordeu-os.

- Hummm.está óptimo … - A boca estava agora no baixo ventre - É a primeira vez que vejo um caralho com tesão cheio de mousse de chocolate, morangos e chantilly- Lambia agora o baixo ventre. Eu tinha-me deitada agora de na mesa. A sua língua deslizava enquanto ela sorvia a mousse que começava a deslizar para entre as minha nádegas. Lambeu deixando o pénis para o fim. Agarrou me os testículos ainda com restos de chocolate e apertou os ate me fazer sentir um pouco de dor. O meu caralho na boca na sua estava quase a explodir. 

- Não me quero vir já - disse eu - Quero a sobremesa primeiro.

- È a minha vez então…perece-me - riu-se enquanto subia para a mesa.

- Besuntou os seios, barriga, sexo e ânus com a mousse. Juntou-lhe os morangos.

- E a banana?

- Vou mete-la no teu sexo e vais-ma dar a comer na boca.

- Fodas…és completamente maluco. Mas que não seja por isso… - Disse- Uiiii…que tesão.

Comecei a lamber os seios. Lentamente. Os mamilos erectos cheios de chocolate. Não queria usar as mãos, só a boca. Desci até a barriga, baixo ventre. Lambi as virilhas. Comi o chocolate e morangos do sexo dela e fi-la alçar um pouco o rabo para lamber a mousse que tinha deslizado para o meio das nádegas. Peguei na banana e descasquei-a. Lentamente introduzia no sexo dela. - Da-ma a comer - pedi. Ela soergueu-se ligeiramente e fez a banana sair da cona para a minha boca. - És louco e estou a morrer de tesão - Comi e lambi. Levantei-lhe mais as pernas. Coloquei mais um pouco de mousse no sexo e e nadegas. Lambi tudo até não restar nada. A minha língua dentro da cona dela. Senti o orgasmo dela. O sabor do chocolate com o gosto do sexo dela. Afastei as nádegas e lambi. A minha lingua no cu dela.

- Quero te foder - disse - vamos para o quarto. 

- Vamos sujar a cama toda - disse ela com aquele sentido prático que só as mulheres têm.

- Quero lá saber. - Sem mais demoras abri-lhe as coxas, agarrei o caralho e penetrei-a. Os corpos besuntados de chocolate. O meu caralho entrava e saia. As pernas dela de volta da minhas ancas .

- Monta me - pedi. Foi a minha vez de me deitar. Ela agarrou o caralho com uma das mãos e encavou-o dentro dela. Os seios fartos balouçavam a medida que ela me cavalgava. Beijei e mordisquei os mamilos. Veio-se novamente. 

- Que foda - disse ela. Ficamos assim uns momentos.o meu caralho a latejar na cona dela. pedi para se por por de gatas. Abri lhe as nádegas. Introduzi o meu sexo na cona quente e húmida. Dois dedos penetram-a no cu. Depois tirei o caralho e abri bem as nádegas. O olho do cu aberto. Abri-o mais que pude. Encostei a cabeça do caralho. Deixei o ficar uns instantes edepois comecei a introduzi-lo. Graças a mousse e a excitação de ambos, não tive dificuldade em me enterrar todo aquele. Não aguentei e vim-me. Ficamos assim. Uns instantes deitados. Procurei a boca dela e beijei-a. Cheirava a sexo e chocolate. 

- Precisamos de um duche - Deitou se a meu lado . Beijamos-nos.

Acordei com os primeiros alvores da manhã. Tínhamos mudado os lençóis da cama e depois do

duche adormecemos. Levantei-me tentando não a acordar e depois de ir a casa de banho fui preparar um café.

-Também quero - Estava a porta da cozinha. Tinha vestida umas das minhas tshirts. Aproximou-se e beijou-me a boca.Estendi-lhe o café

- Antes que me esqueça - disse. Obrigado pelo jantar. E fui muito bem fodida. Obrigado. Merecesum prémio.

Deslizou pelo meu corpo. Agarrou no.meu sexo ainda murcho e sem demoras enfiou o na boca.

- adoro chupar - disse sorrindo. 

- Porque não ficas para o fim de semana? - Perguntei

 Cris


As redes sociais vieram alterar o modo como nos relacionamos uns com os outros. Hoje, mais depressa falamos com alguém que está a centenas (se não milhares) de quilómetros, do que com alguém que se encontra sentado no café na mesa ao lado. E tornamo-nos “íntimos”, sem sequer trocarmos um olhar, sentirmos o toque de pele ou o cheiro de alguém. Essas “sensações” são imaginadas no nosso cérebro, induzidas por palavras imagens que nos são trasmitidas por um ecrã. Tornámo-nos escravos das redes sociais e de sensações e emoções virtuais. Temos milhares de “amigos” sem sequer sabermos verdadeiramente quem são. E muitas vezes, não tão raras quanto isso, quando desligamos o ecrã fica apenas uma sensação de vazio e solidão. Bom, eu sei, nem sempre…e nem todos.


Ela tinha chegado no avião que aterrara as 17 horas, já com meia hora de atraso. Vinha passar o fim-de-semana comigo. Trazia apenas uma pequena mala de mão, com o estritamente necessário para aqueles dois, três dias.

Mas talvez seja melhor começar do inicio. Tínhamo-nos conhecido através redes sociais. E tudo porque, umas das fotos que eu tinha postado, era a capa de “História d’O” de Pauline Reage, pseudónimo de Anne Cécile Desclos. De que ambos éramos fãs confessos. E foi por causa desse livro, que se deu o inicio da nossa amizade virtual

E porque éramos fãs do livro e da Historia d’O, não tardou a que as nossas conversas se virassem para o sexo, para os gostos, desejos, fantasias, fetiches de cada um. 

Depois de quase dois meses de conversa online, ela veio passar 5 dias de férias com umas amigas e a filha mais nova. E foi aí que nos conhecemos pessoalmente. Numa das noites, fomos jantar apenas para nos conhecermos pessoalmente. Afinal de contas, éramos “íntimos” nas redes sociais. Ela preveniu a filha e amigas que iria jantar com alguém que conhecera, sem querer entrar em muitos pormenores. 

Foi um jantar leve, conversa mais ou menos de circunstância, balizada por tudo o que já tinha sido dito no Insta e WhatsApp.

Nas semanas seguintes, após o regresso dela à cidade onde vivia, mantivemos as conversas com bastante regularidade. Até que um dia, sou surpreendido por uma mensagem…“Chego amanhã as 16.30. Vais-me esperar ao aeroporto? Vou sozinha. Posso ficar em tua casa?…ou tenho que reservar hotel?”

Confesso que não estava á espera. Entre o nervoso e excitado, respondi de imediato, que, obviamente, não só a iria receber ao aeroporto como ficaria em minha casa. 

Depois de todas as conversas que tínhamos tido, algumas delas incluindo umas fotos e videos mais íntimos, passei o tempo que mediava até a chegada dela, entre o fantasiar e os preparativos para que tudo corresse bem. Verifiquei a despensa, frigorifico, bebidas, bla bla bla…não queria que faltasse nada e que tudo corresse pelo melhor. 


Tinha preparado um jantar leve. Tinha declinado a minha sugestão de irmos jantar fora. Enquanto omava um duche, “para tirar o cheiro do avião”, como ela disse, preparei dois gin-tonic. Entrei na casa de banho depois de bater ao de leve na porta que ela tinha deixado entreaberta. 

-Não se bate à porta? - Perguntou com um sorriso malicioso e deixando-lhe que lhe admirasse o corpo enquanto se secava. Era um pouco mais alto que eu, pele morena. Cabelos negros em perfeita sintonia com as sobrancelhas e longas pestanas, que emolduravam uns grande olhos pretos. Os dentes, muito brancos. Os lábios carnudos, de um rosado mais escuro. As pernas eram bem feitas, bonitas mesmo. A sensualidade dos quarenta estava bem presente nela. 

- Eu bati…ao de leve. Queria ver-te nua - respondi estendendo-lhe o copo - Esta é a tua roupa? A que vais vestir? - perguntei apontando para a cadeira onde ela tinha uma camisa, calças e…

- Sim. Essa mesmo.

- Não vais precisar dela – Estendi-lhe o copo.

- Vou andar nua?! Estás muito atrevido - disse com um sorriso. 

- Não, não vais andar nua – bebi um trago do gin e beijei-a ao de leve na boca – tenho algo para ti. Espero que gostes e tenha acertado no número. 

- Algo para mim? - Riu-se - Ok…e o que será que tens para mim?

- Vem - pedi saindo da casa de banho

Ela seguiu-me até ao quarto. Tinha a toalha amarrada à altura dos seios. Pousei o copo e encostei-me á grande comida de espelho.. Na cama tinha vários embrulhos de presentes.

- Para ti. Abre. Espero que gostes.

- Hummm…isto tudo é para mim!? Andaste ocupado nas compras? A gastar dinheiro?

- Para teu e meu prazer. Ou pelo menos assim espero. 

Olhou-me, os olhos semi-cerrados, um ligeiro sorriso, quase imperceptível. Lentamente, começou a abrir os presentes.

- És completamente maluco, sabes? Gastaste uma pipa de massa - disse enquanto ia dispondo a lingerie em cima da cama. - És doido. Fico sem palavras. É linda. Claro que gosto. Adoroooo…mesmo. -. Deu-me um beijo ao de leve na boca - mas não precisavas de gastar tanto dinheiro.

- Espero é ter acertado no numero.

-Sai, espera-me na sala - pediu

-  Abre, vê se também gostas - estendi-lhe um ultimo embrulho

- Lindo – disse quando abriu a caixa e viu um quimono Bordeaux.

- Gostas?

- Não, não gosto. Adoro. É lindo - disse com um sorriso rasgado - Declaro-te oficialmente completamente insano.

- Espero na sala, então - disse saindo e fechando a porta do quarto atrás de mim

Comprar lingerie para oferecer é uma daquelas coisas em que tenho prazer. Não pelo facto da compra em si…bom também, mas mais do que isso, pelo prazer de olhar, ver, escolher, sentir nos dedos o toque das sedas ou rendas. De as imaginar num corpo. E de as podermos ver serem vestidas e depois despidas. É um misto de sensações. E que dá tesão. Muito. Sempre que o faço. No acto da oferta. Quando oferecemos lingerie a alguém que desejamos, não é um simples acto de oferta. É o…”desejo-te” o “morro de tesão por ti”. 

Eu estava na varanda, observando o fim de tarde, quando a senti chegar. Virei-me. Estava linda. Tinha apanhado o cabelo na nuca, deixando livre o pescoço. Mm ligeiro sorriso, os olhos semi-cerrados.

- Tens bom gosto, sabes… - disse quase num sussurro. Aproximou-se de mim, enlaçou-me e colou a boca na minha.

Eu ardia de desejo, mas queria que esse desejo se prolongasse até se tornar insuportável.

-Ainda bem que gostaste - Sentia o corpo dela colado ao meu.

- Adorei. Mas repito, és oficialmente maluco. Não tinhas necessidade de gastar tanto dinheiro.

Afastou-se. Abriu o quimono. 

- Gostas, meu adorável maluco?

Senti um arrepio de desejo. O corpo moreno, com os seios e o sexo moldados pela lingerie. Aproximei-me e beijei-a na boca.

- Calma - disse, sentindo o tesão que me assaltava - temos tempo. Deixa-me apreciar este fim de tarde. Que vista tão bonita. Já te disse que adoro o mar. 

– O jantar está quase pronto - disse eu

- O jantar pode esperar...deixa-me saborear o o gin, o fim de tarde, o mar. A vista de tua casa é soberba - Corria uma ligeira brisa, quente. Era palpável a tensão sexual entre os dois, mas nenhum de nós queria apressar nada. Estávamos a gozar essa tensão. Esse tesão. Esse desejo latente. O antes do beijo. Do toque. Do cheiro. Da posse. Da partilha do prazer.

- É. Adoro a vista…a imensidão de mar aqui em frente...e o silêncio. Notaste…o silêncio? 

- É isso. - disse abrindo-se num sorriso - Havia qualquer coisa que sentia e não estava a conseguir definir. O silêncio. Sim. Uiii…é avassalador. 

- É das coisas que mais aprecio neste lugar. O silêncio.

- Brutal. - virou-se para mim - Obrigado. 

Estávamos ambos sentados a apreciar o fim de tarde. Sem pressas. Saboreávamos o momento, o mar que se estendia a nossa frente, a brisa ligeira que fazia ondular ligeiramente os ramos das palmeiras e o silêncio.

- Levanta o quimono - pedi - e abre as pernas. Quero olhar-te

- Isso é assim, só mandar? - riu-se - Não tenho direito a opinião? A vontade própria?-

- Claro que tens. Apenas quero olhar. Ver-te. Admirar o teu corpo.

Pestanejou muito lentamente, pousou o copo ao seu lado, no chão. Sem se levantar e com o olhar fixo no meu, abriu lentamente o quimono. Os peitos subiam ao ritmo da sua respiração. Ajeitou-se na cadeira, e sempre com gestos lentos, abriu as pernas. . As coxas morenas.

Olhei demoradamente. Levantei os olhos. O olhar dela estava fixo no meu. Abriu mais as coxas, expondo-se ainda mais ao meu olhar. O corpo, que tantas vezes em conversas virtuais, tinha imaginado, estava ali, à minha frente, exposto aos meus olhos.\

- É assim que gostas? 

- Gosto de olhar. Ver - fiz uma pausa - Muitas vezes te imaginei, sabes isso

- Sei. E eu a ti...como serias. O toque da tua pele. O sabor da tua boca. O teu cheiro.

Nenhum de nós sorria. Aquele era o momento que tanto tínhamos desejado. E tudo por causa da foto da capa de um livro. 

- Ajoelha-te - A sua voz era um sussurro. Intensa - Colocou-se mais na ponta da cadeira. Vem até mim, de joelhos. Isso. Menino obediente -  Abriu mais as coxas

- Queres beijar o meu sexo? Lamber-me? provar o sabor do meu sexo? - baixou o slip com gestos rápidos e precisos. 

- Quero. Quero beijar o teu sexo. Quero o teu sabor na minha boca. Os seios. Beijar o teu corpo todo. 

Estava nua agora. Tinha tirado o quimono e o soutien. Eu estava ajoelhado entre as suas coxas. As dedos das suas mãos entrelaçados no meu cabelo. Aspirei o cheiro do sexo. Colei a minha boca e lambi. 

- Só a boca. Nada de mãos - ordenou enquanto se ajeitava para que eu a pudesse lamber melhor.

Lambi, beijei. Era a primeira vez que sentia o gosto dela,  que a minha língua e boca exploravam o sexo dela. A minha língua lambia o clitóris. Sentia-a cada vez mais húmida. Eu por minha vez já tinha o sexo a palpitar de desejo. Duro. Prendi o clitóris entre os lábios e deixei a língua lambe-lo. Chupei.

- Vem - Pedi levantando-me e estendendo-lhe a mão.

Ela segui-me até ao quarto. Abri uma das gavetas da cómoda e tirei lenços de seda. 

- Sem receios. Confia. - pedi

- hummm… vou confiar.

Beijei-a na boca, as línguas degladiando-se. Ela prendeu a minha entre os dentes. Já estávamos ambos nus. Uma das minhas mãos acariciou-lhe o sexo húmido de tesão. A mão dela pousou no meu baixo ventre e acariciou-me o pénis duro. As bocas continuavam unidas. A língua dela na minha boca. Sorvi-lhe o gosto com a mistura de gin e tónica com lima.

Tinha dois dedos na cona dela. Soltei-me e dei-lhe os dedos a lamber. Ela sorveu o gosto do próprio sexo. Enquanto lambia, o seu olhar estava fixo no meu. Ajoelhou-se. Agarrou no meu pau duro e sorriu. Abriu a boca e começou a brincar com a língua na glande. Depois fechou os olhos e começou a lamber. Senti o pénis deslizar-lhe na boca. 

- Isso querida. Chupa. - disse enquanto me deixava cair na cama.

Deixei que o fizesse por um bocado e depois, ajudei-a a levantar-se. Fi-la deitar-se na cama e usando lenços de seda, amarrei-lhe os pulsos e tornozelos em argolas na cabeceira e pés da cama. 

- Espera. Já venho - pedi beijando-lhe a boca

Quando regressei, trazia um balde de gelo, que pousei na mesinha de cabeceira.

-Desejo-te - disse fitando-lhe os olhos negros. Os seios dela subiam no peito ao ritmo da respiração. A boca entreaberta era um convite ao beijo.

- Beija-me - pediu - beija-me primeiro - Colei a minha boca a dela.

Peguei numa das pedras passei-lha pelos lábios. Ela abriu um pouco mais a boca e lambeu, a língua vermelha acariciando o cubo gelado. Fui deslizando pelo pescoço, lentamente, até aos seios, deixando um sulco de água gelada na pele. Fiz pequenos pequenos círculos com o gelo nos mamilos. Hirtos, expondo a excitação que a assaltava. A respiração dela ia-se tornando a cada momento mais pesada. Tinha agora os olhos fechados, a cabeça tombada para um dos lados, os longos cabelos como ondas de um mar negro e brilhante na almofada. A boca entreaberta deixava ver a língua vermelha e húmida. O gelo deixava sulcos na sua pele. Peguei noutra pedra e comecei no umbigo e depois no sexo. Os gemidos dela tornavam-se cada vez mais audíveis. A respiração ofegante, as mãos a agarrarem as sedas que a mantinham presa à cama. As ancas meneando-se.-

 Por favor, Pedro, para. Desejo-te. Não aguento mais. Vem, por favor. Mete-te em mim. Solta-me e possui-me. Por favor…Fode-me. Fode-me… 

- Ainda não.

Fiz o gelo deslizar pelo sexo dela. As ancas moviam-se o que podiam, presas pelos lenços que a prendiam. Introduzi o cubo de gelo enquanto esfregava o clitóris. Um gemido saiu-lhe da garganta.

- Por favor. Fode-me - Os olhos negros ardiam de desejo. Beijei-a na boca. Mordeu-me os lábios. Senti o gosto do sangue.

- Menina marota – disse eu – enfiando novamente dois dedos no sexo dela. Masturbei-a e meti mais um dedo. Não tardou a se vir a primeira vez. Um grito rouco saiu-lhe da garganta enquanto sacudia o corpo ao ritmo do orgasmo. Apertei-lhe os seios.

- Vais ser uma menina obediente?

A voz saiu-lhe num sussurro – Sim

-Não ouvi. .

- Simmm…

Gentilmente apertei-lhe o sexo na minha mão.

- Hum…fode-me…- voltou a pedir

Os olhos brilhavam de luxuria. Os peitos subiam e desciam no peito ao ritmo da respiração. Subi para a cama e colocando-me entre as suas pernas. Tinha as coxas bem abertas.- 

Isso, fode- me e dá-me a tua esporra. Quero sentir-te vires-te dentro de mim.

O olhar brilhava de luxuria. Doía-me o sexo do tesão que sentia. Beijei-lhe a boca no instante em que a penetrei. As línguas unidas. Bocas coladas. O meu sexo no dela. Não demoramos a explodir ambos num orgasmo intenso. 

- Solta-me… - a voz dela era um sussurro rouco. Soltei-a das amarras que a prendiam a cama. Empurrou-me e foi a vez dela me amarrar. 

- Shiuuuu…- o olhar dela ardia de tesão. Meteu-me os dedos na boca. 

- É a tua vez, meu querido. - Chupei-os dedos

Levantou-se e sentou-se na minha cara. 

- Lambe. Quero que lambas a minha cona com a tua sémen a sair dela. Anda - Dizia meneando as ancas de encontro a minha face. Eu sentia na boca o sabor dos dois sexos. A minha esporra misturada com a seiva dela. Era a primeira vez que o fazia. 

- Isso querido. Uiiii…tão bom…bebe a tua esporra e os meus leitinhos. Fodas…tão bom… Apertou as coxas quando se veio na minha boca.


- Não tens fome? Estávamos agora deitados, ela aninhada com a cabeça no meu peito

- Shiuuu…não fales. Deixa-te estar assim mais um bocadinho.


A expectativa que se tinha criado nos meses que antecederam aquele dia, tinha eclodido. O desejo finalmente concretizado. A posse. A comunhão dos prazer. No quarto pairava como numa neblina etérea o aroma de suor e sexo. Dois corpos, aninhados um no outro, numa leve sonolência pós coito. Dois amantes, que finalmente tinham concretizado o que durante horas a fio, perante um ecran de computador e telemóvel, tinha existido apenas no reino do virtual.

As conversas nas redes sociais, naqueles meses que antecedam a visita dela, foram um desvendar de gostos, desejos, fetiches de cada um de nós. Como uma cebola que se descasca. Camada após camada, fomos nos desvendando, perante o olhar do outro. A certo ponto, sabíamos mais dos desejos mais intimos um do outro, do que quem nos conhecia pessoalmente. Ao mesmo tempo que cada um se ia desvendando, revelando, iamos construindo, como um puzzle, a imagem um do outro. Eramos um homem e uma mulher que se desejavam. E que queriam, que o que até ali tinha sido virtual, fosse real. Palpável. Que o desejo que nos consumia, a cada um dos dois, tivesse finalmente um enlace. Aquele fim-de-semana era o culminar de todos os desejos. 


Depois do jantar, demos um passeio até promanada, até junto ao mar. Estava uma noite amena. O mar quase um lago.

- Viveste sempre aqui nesta zona? - perguntou

- Não. Vivia na cidade. Mas mudei-me dois anos atrás.

- Preferes viver aqui ou na cidade?-

 Acho que…sem dúvida aqui. - pensei um pouco antes de continuar - Não quero voltar para a cidade. Gosto da minha casa, do meu espaço. Menos confusão aqui. Muito mais calmo.

- Como te compreendo - fez uma pausa antes de continuar - Não me importava de viver num sitio como este, Assim, pertinho do mar.

- Se te conseguires abstrair de certas coisas. Não tudo é idílico como parece.-

 Aqui e em todo o lado. 

- Sim, eu sei.

Deixamos que o silêncio se instalasse entre nós. Não era um silêncio de quem não tem nada para dizer, antes um que era uma comunhão, uma partilha de momentos raros em que não existe a necessidade de palavras. 

No regresso a casa, já íamos quase colados. Parávamos para nos beijar e tive que fazer um esforço para não lhe levantar o vestido e foder ali mesmo

- Tens conhaque? - perguntou quando  chegamos a casa 

- Tenho, claro.

- Serve-me um - beijando-me a boca e passando a mão pelas minhas virilhas

Servi dois Cognacs e fui ter com ela à varanda. Estava deitado numa das espreguiçadeiras. O vestido puxado quase até ao cima das coxas. As pernas morenas cruzadas. Os olhos fechados. O seu corpo, numa posição de total abandono, a cabeça ligeiramente tombada pra um dos lados. Parecia sorrir. Um sorriso quase imperceptível. Senti um ligeiro arrepio, e desejei guardar aquele momento para sempre na minha memória. Ela entreabriu ligeiramente os olhos. O sorriso abriu-se na face. 

- Obrigado - disse

- Por…?

Arqueou uma das sobrancelhas, o olhar fixo em mim.

- Por estes momentos. Este silêncio. Esta sensação de paz. Calma.

Estendi-lhe o copo.

- Deita-te aqui a meu lado - pediu

Aninhou-se em mim, e ficámos assim um tempo indefinido. 


Quando acordei da sonolência em que tinha caído, ela olhava para mim.

- Adormeceste.

- Parece que dormitei, sim 

Tinha o corpo colado ao meu e uma das suas mão tentava abrir-me a braguilha das calças. Beijei-a. Não foi preciso muito para eu ficar com uma erecção. As mãos dela massajavam suavemente provocando-me arrepios de prazer. Era noite. Ao longe, na escuridão que era agora o mar, pequenos pontos de luz branca. Barcos na faina. Levantei-me e dei-lhe a mão para a ajudar a por-se de pé.

– Vem – puxei-a para mim e fomo-nos encostar à varanda a olhar o mar banhado pelo luar.

Coloquei-me por detrás dela. As minhas mão começaram a acaricia-la através do fino vestido de algodão. Pressionava o meu sexo contra as suas nádegas. Ela puxou o vestido ligeiramente para cima enquanto eu despia as calças.. As minhas mãos estavam agora por baixo do vestido e acariciavam-lhe os seios. Os mamilos presos entre dois dedos. Sentia o suave menear das ancas contra mim. Com uma das mãos desci-lhe a cuequinha de fio dental que ela com gestos experientes fez deslizar pelas pernas até aos pés. Abriu mais as pernas. Eu explorava o sexo húmido e quente. Sentia uma das mãos no meu pau duro. Alçou o rabo para facilitar a penetração. De uma estocada estava dentro dela. As mãos dela puxavam-me para si, como querendo gozar a plenitude daquele dardo dentro dela. Fodemos assim, eu a agarrar-lhe os seios, a apertá-los. Finquei os meus dentes nos seus ombros. A sua cabeça tombava para trás.

Era uma foda animal. De desejo. Dois corpos colados. As nádegas dela contra o meu baixo ventre e o pénis todo enterrado na vulva dela. Os gemidos roucos rasgavam a negritude do silêncio nocturno. Tirei o meu sexo húmido e latejante, virei-a para mim  e beijei-a. Ela agarrava-me o sexo. Ajoelhou-se e começou por chupar a glande, uma das mãos apertando-me os testículos. Lambeu, a língua brincando com a a haste até aos testículos. Meteu-os na boca e chupou enquanto a mão direita me agarrava o pau. Depois engoliu-o todo. Tracei os meus dedos nos seus cabelos e gozei aquele broche delicioso. O pau na boca e as suas mãos acariciando os testículos ou indo pressionar ligeiramente o anús. Fi-la levantar-se e regressar à posição inicial. Ajoelhei-me por detrás dela, abri-lhe as nádegas e deixei que a minha boca e língua se deliciassem no cuzinho dela. Ela segurava-se na varanda e pressionava as nádegas contra mim. Mordi-as, lambias e voltei a abrir-lhe bem o cu para a minha língua o lamber. Pressionei a língua a entrar um pouco e lambi cheio de tesão.

– Deixas-me louca – a voz dela era um sussurro. Levantei-me e quase sem parar dirigi o meu sexo ao anus aberto e húmido da minha saliva. Comecei a penetra-la. Primeiro só a glande, depois todo. Encostei-me a ela e pressionei-a contra a varanda. Ela mal se podia mexer. Apenas as minhas ancas se moviam. Enrabei-a assim por uns minutos. Depois parei. O sexo todo no cu dela. A minha mão na vagina húmida e quente. Esfregava-lhe o clitóris. Sentia a húmidade que escorria da cona. Encostei a boca ao seu ouvido. Mordi o lóbulo e disse-lhe quase num gemido rouco de prazer

- É melhor irmos ao duche

A noite ia ser comprida. Rimo-nos com histórias da adolescência de cada um. Comparávamos vidas. Era cada vez maior a intimidade e cumplicidade entre nós. iEram quase três da manhã, a lua já ia alta, estávamos deitados numa das espreguiçadeiras, nus, cobertos apenas por uma manta.

- Vem – disse ela levantando-se – menino traquinas, agora é a minha vez. – Os olhos tinham um brilho travesso e a boca tinha um sorriso malicioso. Estendeu duas toalhas no chão do quarto.

- Deita-te no chão. – ordenou. Colocou-se de pé por cima de mim. Um perna de cada lado. Deitado, observei a curvatura das pernas. No meio, na junção, o sexo. Entreaberto. As nádegas. A barriga, Os seios. Ela tinha a cabeça inclinada, de maneira a me olhar.

- Gostas do que vês? Das minhas pernas? Das minhas coxas? Das minhas nádegas? Do meu sexo? Vês os meus peitos, os mamilos? Estou excitada, sabes? Tenho tesão. Quero-te foder e que me fodas. - os braços pendiam ao longo do corpo, as mãos na parte exterior das coxas - Olha, meu voyeur…Olha o meu corpo. Gostas do que vês? - Fez uma pausa - Tens o caralho teso. Duro. Estás também com tesão. Queres estar dentro de mim, não queres?

As mãos dela deslizaram-lhe pela barriga, nádegas. Com dois dedos afastou os lábios do sexo.

- Não gostas de ver? De olhar? Vê, olha bem a minha cona…toda molhada de desejo. Queres a minha cona?

- Quero - Um pé dela pisou-me o sexo

- Cala-te. 

Masturbava-se. Com uma das mãos afagava o clitóris, o sexo, metia os dedos. A outra prendia ora um mamilo ora outro. Abriu mais as pernas e meteu os dedos no sexo.

- Não gostas de ver? Olha como eu me toco. A minha cona. Os mamas. - Baixou-se e deu-me os dedos a lamber. Beijámo-nos numa ansia sôfrega. As mãos dela percorriam o meu corpo, o peito,a barriga. Agarrou-me o pau teso. A língua dela percorreu-me o peito e a barriga até encontrar o pénis. Chupou-o com força. Depois montou-me. O corpo, subindo e descendo, oferecendo-me os seios a chupar. Mordia-me os ombros enquanto me montava. Senti o orgasmo dela. Modeu-me a boca.

Saiu de cima de mim

– Quieto. Não se mexas – Agarrou num lenços de seda que ao fim da tarde tinham servido para a amarrar.

- De quatro. Obedece. Fiz o que ela pedia.

– Afasta as pernas. – Agarrou-me nos pulsos e amarrou-mos atrás das costas.

– Hummm…assim mesmo…à minha disposição. – sentia ajoelhar-se atrás de mim. Acariciou-me as nádegas e depois sem aviso, deu-me umas palmadas em cada nádega. Abriu-as. Começou a lamber. Sentia a língua dela e os lábios dela no anus. Mordeu as nádegas, enquanto com uma das mãos me iam massajando o caralho. Estava louco de tesão, aquela língua no meu cu e o meu caralho a ser acariciado por ela. 

– O menino que se deixe estar quietinho que isto ainda não acabou. – Levantou-se. Não vi o que fez. Passado uns instantes senti-a colocar-se novamente por detrás de mim. Os dedos com algo frio que pensei ser gel. Lubrificava o meu anus.

– Hummmm….Meu querido. És meu. Pelo menos este fim-de-semana serás meu. Assim como eu serei tua. Todo o teu corpo me pertence. O meu será teu. Teu e só teu. Lembras-te do que conversamos nestes meses? Dos desejos ocultos? Pois bem, irei possuir o teu corpo e tu o meu. - Enquanto falava uma das mãos agarrava-me o sexo duro e a outro acariciava-me o anus - O teu cu é meu. Não sabes as vezes que imaginei fazer-te isto. Enquanto conversávamos, imaginava-te assim, de quatro, amarrado, a minha disposição. Um dedo penetrou. Gemi.

- Isso, geme que só ainda comecei - Sentia-o entrar e sair. Depois dois dedos. Tinha os dedos dela a alargarem-me o anus e a entrar e sair. De quatro, as mãos amarradas atrás das costas, a cabeça na almofada e os dedos a entrarem e saírem do meu cu. Rodavam alargando-me. A outra mão apertava e massajava o pénis. Gemi de prazer louco. Quando estava quase a vir-me, fez-me tombar de lado, e sem tirar os dedos  do meu cu chupou-me o pau. Vim-m na sua boca.

Caiu a meu lado. Beijou-me a boca.

- Precisamos de outro duche – riu-se - e de dormir.



Quando acordei na manhã seguinte, ela ainda dormia.


Voyeur Gosto de olhar. E gosto de olhar para ti. A tua boca. Os teus lábios. A tua pele morena. O teu cheiro. A tua boca abre-se para o be...